Das acácias rubras e das casuarinas

Acerca do livro Este livro é uma experiência na área da apresentação de poesia com comentários imediatos sobre a mesma. Esta pretende ser a novidade que eu pensei levar aos leitores. Colocá-los dentro dos poemas através de um ou outro comentário. Não em todos os poemas, mas em alguns que entendi merecerem um complemento (ou não) ao tema apresentado. Há poesia que diz tudo em si mesma. As palavras estão lá e o seu significado também. Mas em alguns casos temos que conhecer o autor e até a razão e a oportunidade do poema. Entendi que seria esta a forma de o fazer. Por isso considero esta obra limitada (?!) porque acaba por não dar “liberdade” ao leitor para “fruir” do poema duma forma imediata, mesmo sem o compreender. Depois também se sente em alguns “trechos” não haver rima – versos brancos – ou verso livre, apesar de poderem proporcionar agrado, liberdade e ritmo na sua leitura. Tenho sentido em alguns “poetas” que ao quererem introduzir a rima algo forçada nos seus trabalhos, perdem a alegria e a liberdade das palavras, da poesia, do poema. António Canteiro, um poeta amigo, escreveu o livro de poesia “O silêncio solar das manhãs” (prémio nacional de poesia Sebastião da Gama), em texto, sem qualquer arrumação em versos. Convidou-me para ler uns poemas na apresentação. Os textos de todo o livro são textos poéticos, disso não há dúvida. Preparei-me e fiz a leitura de uma página. No final houve alguém da assistência que disse: Ah, lido assim já percebo porque é poesia… Este tema da rima e do verso livre… “O som das palavras” usa de uma liberdade exagerada que talvez devesse ser trabalhada…